Mesmo que a data seja celebrada há muitos anos, a luta por espaço no mercado de trabalho ainda é grande. Mas, aos poucos, o público feminino tem chegado nos cargos de liderança, algo que antes era ocupado predominante homens.
A placa de “delegado titular” está desatualizada na sala da delegacia de Polícia Civil de Itapetininga. Desde outubro de 2022, quem assume esse cargo é a doutora Júlia Nunes Machado, de 34 anos.
Ela é responsável por investigar os crimes na cidade, além de conduzir os inquéritos policiais. No mesmo espaço, também funciona a Delegacia de Defesa da Mulher. E para deixar o ambiente mais acolhedor para as vítimas, a doutora deu toque feminino no local. Agora existem brinquedos e uma pintura bem colorida na parede. Mas a feminilidade, muita vezes, é alvo de preconceito em uma profissão majoritariamente masculina. Tem gente que duvida da capacidade da profissional.
Apesar da resistência de algumas pessoas, a figura feminina tem se multiplicado na delegacia. No espaço existem outras mulheres. Duas que atuam nos cargos de escrivã, e ainda tem uma agente de telecomunicação, e uma estagiária. Mas essa não é a realidade em todos os espaços no meio policial.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, o efetivo da Polícia Civil e polícia técnico científica conta 25.100 policiais, dos quais apenas 24% são mulheres. Já a Polícia Militar tem 79.400 policiais, destes, 15% são mulheres. Ter espaço no mercado de trabalho é um caminho longo que as mulheres precisam percorrer. Uma das batalhas que devem ser lembradas neste 8 de março.
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