Mais de três anos depois de perder a mãe em um acidente de trânsito, um morador de Itu continua sem um retorno das autoridades com relação a punição dos responsáveis pela colisão, envolvendo uma ambulância da Secretaria de Administração Penitenciária.
Na época, em agosto de 2020, a família morava em Porto Feliz, e dona Francisca de Oliveira, de 72 anos, estava indo pra São Paulo com o filho, Marcelo, e mais dois parentes. O veículo em que eles estavam foi atingido por uma ambulância da Secretaria de Administração Penitenciária, na rodovia Castello Branco.
Para o filho da vítima, o caso segue sem uma punição adequada para quem causou a colisão.
Recentemente, Marcelo conseguiu obter um vídeo de uma câmera de monitoramento de uma concessionária que mostra o acidente. Porém, ele alega que isso não tem ajudado no andamento do caso. No documento do Ministério Público está escrito: as câmeras de segurança não registraram o momento do acidente. Marcelo diz que não tem condições financeiras de arcar com o processo.
Por meio de nota, o Ministério Público informou que o processo está em andamento, e que a família deve anexar os vídeos junto ao inquérito na delegacia.
No período da gravação da reportagem, no fim de março, foi solicitado um posicionamento da Secretaria de Administração Penitenciária e da delegacia que está com o caso. Em nota, a SAP informou que o funcionário citado está respondendo a processo administrativo disciplinar por falta grave, após apuração preliminar acerca do fato ocorrido. O processo está em trâmite na Procuradoria Geral do Estado. Esse funcionário exerce funções operacionais no setor de portaria de uma unidade prisional, enquanto aguarda o resultado do processo administrativo e o trânsito em julgado no judiciário. A nota diz ainda que a SAP não excluiu o e-mail do familiar e, em 19 de março deste ano, respondeu os questionamentos feitos à esta secretaria. Já a delegacia que está com o caso não retornou ao nosso e-mail até o momento.
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