A suspensão de saltos de paraquedas em área urbana, em Boituva afeta o turismo e a economia da cidade. Aeronaves estão paradas sem previsão de levantar voo.

O aeródromo do Centro Nacional de Paraquedismo, conhecido pelo movimento frenético está vazio. As escolas de paraquedismo também estão de portas fechadas, cerca de 100 pessoas trabalham direta e indiretamente no local. Para os dirigentes, foi o pior fim de semana nos 50 anos de atividades.

A suspensão também causou grande impacto ao turismo local. A cidade de quase 63 mil habitantes, é conhecida como “capital nacional do paraquedismo” e é um dos destinos mais populares do turismo de aventura”.  Nas ruas e no comércio, a população já nota uma diminuição no movimento de turistas.

A suspensão nas atividades do Centro Nacional de Paraquedismo foi anunciada no fim da última semana, após uma liminar da justiça, que proibiu os lançamentos e voos sobre áreas urbanas de Boituva.  Com isso, o Centro de Paraquedismo decidiu suspender de forma geral os trabalhos.

O pedido de limitar foi feito pela polícia civil, após a morte de um aluno de paraquedismo de 38 anos que caiu sobre uma residência na cidade.

Só este ano Boituva registrou quatro mortes de paraquedistas, dois atletas morreram, em maio, depois do pouso forçado de um avião que saiu do centro de paraquedismo, outras dez pessoas ficaram feridas no acidente.

Já no mês de abril, uma experiente paraquedista do Exército Brasileiro, morreu ao saltar de paraquedas no local.  As causas dos acidentes continuam sendo investigadas.