Olhe Minha Cidade – Jardim Santa Rosália

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TV Sorocaba

16 de março de 2023

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santa rosália

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O Olhe Minha Cidade mergulhou na tradição, de mais de 130 anos, do Jardim Santa Rosália, em Sorocaba. O bairro que nasceu para dar moradia aos operários da fábrica de tecidos que tinha esse nome: Santa Rosália.

A fábrica veio para Sorocaba em 1890, exatamente na fase em que a cidade passou a ser conhecida como Manchester paulista. Era uma comparação com a cidade inglesa, que despontava entre as pioneiras com um parque industrial e se destacava com a indústria têxtil.

Os donos da fábrica Santa Rosália construíram cerca de 250 casas em apenas quatro ruas. Todos os imóveis tinham um estilo inglês, justamente porque os empresários vieram da Inglaterra. Essas casas foram ocupadas pelas famílias dos trabalhadores da indústria de tecidos, que prosperou nas décadas seguintes.

Na década de 1940 o bairro se expandiu. A fábrica foi vendida para Severino Pereira da Silva. Ele fez mais investimentos e muitos serviços chegaram ao Santa Rosália. Hoje, a antiga fábrica é tombada pelo patrimônio histórico e mantém as características originais na fachada, abrigando um mercado atacadista.

Esse é um dos bairros mais tradicionais da cidade, e uma característica disso está na Praça Pio XII. O local tem um coreto que remete à época que a praça foi construída, em 1930. E se mantém com muito charme, com piso de pedra portuguesa e um estilo inglês. Todo o espaço passou por um processo de revitalização, permitindo que tudo se mantivesse como no início do século passado. Ainda hoje, a praça é um belo refúgio verde para toda família.

No bairro também está a paróquia Santa Rosália, um local muito escolhido pelos noivos da cidade para realizarem a cerimônia de casamento.

Quando o assunto é saúde, todo mundo em Sorocaba conhece a Policlínica de Especialidades, que fica na rua Senador Roberto Simonsen. O que nem todos sabem é que esse imóvel foi construído para ser um hospital. O local foi inaugurado em 1943 para atender os familiares e operários da fábrica de tecidos. Era um hospital particular, mas para esse público, o atendimento era de graça. O prédio tem um estilo neocolonial e contava com várias alas, com espaço até mesmo para necrotério. A capacidade de atendimento naquela época era de 80 leitos. O hospital funcionou até a década de 1980 e só voltou à atividade em 1995, quando a prefeitura da cidade comprou a área e transformou na Policlínica. Ao longo dos anos, o local se tornou a referência municipal de especialidades médicas. Para lá são encaminhados os pacientes atendidos nas Unidades Básicas de Saúde que precisam de um serviço especializado. São mais de 13 mil atendimentos por mês entre consultas e procedimentos em 36 especialidades.

A unidade municipal também conta com programas de referência na região, que são o pré-natal de alto risco, recém-nascido de alto risco, tuberculose, hanseníase e ambulatório de feridas e pé diabético, e o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas). Periodicamente são realizados mutirões para reduzir as filas do Sistema Único de Saúde.

Há pouco mais de um ano, a Policlínica passou por uma reforma, sempre mantendo a fachada e pintura com características históricas. Setores do programa de hanseníase; pé diabético e feridas; fisioterapia; arquivo de prontuários; farmácia e salas de espera receberam melhorias. Foram realizados restauros, como reboque, pintura, conserto da parte elétrica e, ainda, utilização de tintas especiais para que seja possível efetuar a lavagem regular das paredes.

O estádio municipal Walter Ribeiro também foi um dos avanços que vieram para o bairro. O local veio para ser a casa do São Bento. Construído na avenida Pereira da Silva, uma das mais importantes do bairro, o estádio foi oficialmente inaugurado em 1978, depois de sete anos de obras. A partida inaugural foi entre o Bentão e São Paulo, em 14 de outubro daquele ano. Cerca de 25 mil pessoas encheram as arquibancadas e viram o time da casa perder por um a zero. Hoje, por questões de segurança, a capacidade do estádio é para cerca de 12.500 pessoas e o espaço continua recebendo as grandes equipes do estado. Isso porque, este ano, o São Bento participou da série A1 do Campeonato Paulista.

O Walter Ribeiro é conhecido na cidade como CIC, sigla que significa Centro de Integração Comunitária, e contempla o estádio e a praça que fica bem em frente: a Praça da Amizade. Aliás, esse foi o local da festa junina de Sorocaba por muitos anos.

E falando ainda sobre o estádio, o local também foi palco de muitos shows nas décadas de 1980, 90 e 2000. Os menudos, Balão Mágico, Xuxa e Sandy e Júnior estão entre as atrações.

Entre o fim do ano passado e início deste ano, o CIC recebeu várias melhorias. O gramado foi revitalizado, passando por um corte técnico; limpeza mecanizada para remover o excesso de matéria orgânica e rebaixar a altura e aplicação de adubo, para que o gramado se revitalize e cresça, com qualidade e vigor. Também foram feitas melhorias no sistema de iluminação do estádio e pintura das arquibancadas e vestiário.

Seguindo pela avenida Pereira da Silva, um pouco mais à frente, fica o Sétimo Batalhão da Polícia Militar em Sorocaba. O órgão foi transferido para esse endereço em 2021, quando a prefeitura cedeu o espaço onde funcionava o Saae. O prédio no Santa Rosália tem 5,5 mil metros quadrados. Além do batalhão, o local é ocupado pela Companhia de Força Tática e pela 4ª Companhia da PM. Essa mudança atende a uma necessidade da PM, de descentralizar e otimizar a atuação na cidade.

E por falar em segurança, esse é um dos focos de um empreendimento que será construído na avenida Pereira da Silva. Um dos primeiros verticais residenciais do bairro, o imóvel de alto padrão vai oferecer infraestrutura e tecnologia para os moradores que buscam por conforto e tranquilidade.

E no bairro fica ainda a Casa do Turista, que é a porta de entrada para quem chega a Sorocaba, muito perto da avenida Dom Aguirre e a poucos minutos do portal da cidade, pela rodovia José Ermírio de Moraes, a Castelinho. O espaço é responsável por desenvolver diferentes projetos voltados à área do turismo no município.

Contando com um amplo espaço para a recepção dos turistas e da população sorocabana, a Casa do Turista tem uma identidade visual que valoriza e identifica alguns dos principais atrativos do município. Nela, o visitante pode assistir ao vídeo turístico institucional de Sorocaba e seus principais diferenciais, ter acesso a materiais impressos com dicas sobre a cidade e informações junto aos servidores que estão à disposição no local. A Casa do Turista é apenas uma parte do trabalho realizado pela prefeitura nessa área. A intenção é tornar Sorocaba uma cidade turística.

Na avenida Dom Aguirre está uma das bases do Corpo de Bombeiros da cidade. O local é estratégico porque permite uma saída rápida para vários pontos de Sorocaba em caso de ocorrências de emergência, já que a Dom Aguirre é uma via expressa. A história dessa unidade começou depois de um incêndio na região do Além Linha, em 1978. Os bombeiros demoraram 11 minutos para chegar ao local. Se houvesse uma unidade mais próxima, esse tempo seria reduzido para menos da metade. Cinco anos mais tarde foi inaugurada a unidade do Santa Rosália, a segunda instalada na cidade. O local tornou-se um belo cartão de visitas, valorizado ainda mais pela “Praça do Bombeiro”, que está bem na frente da “estação de bombeiros Santa Rosália”.

No bairro fica a Base de Apoio Regional do Exército. O espaço foi transferido em 16 de abril de 1969 para a avenida Roberto Simonsen. O órgão atende 135 municípios do estado na fiscalização de produtos controlados, além de fazer uma integração com a sociedade sorocabana e da região.

Bem perto, está o SENAI, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. O espaço oferece cursos para qualificação em várias áreas, como automação eletroeletrônica, segurança no trabalho e tecnologia da informação. Tudo em um ambiente de ensino projetado para oferecer capacitação profissional e especialização técnica.

A comunicação tem espaço neste bairro.  Um exemplo é a sede da Rádio Vanguarda, que tem muita história. O Sistema Vanguarda de Comunicação foi criado pelo empresário e jornalista Salomão Pavlovsky.

A comunicação entrou na vida de Salomão quando ele instalou alto-falantes no centro de Sorocaba e comercializou espaços publicitários para os lojistas da região. A ideia deu tão certo que resolveu instalar mais alto-falantes pela cidade, e a partir daí a carreira dele como comunicador deslanchou. Recebeu convites para atuar em rádionovelas, narrações esportivas e locuções comerciais. Atuou como radialista por 17 anos e, depois de todo esse período de experiência, criou a própria emissora de rádio, a Vanguarda AM.

Na década de 70 começaram a surgir as primeiras rádios FM no país e, então, o visionário Salomão Pavlovsky habilitou-se no Ministério das Comunicações para instalar a primeira emissora FM no interior paulista. Nasce assim, em 1978 a Rádio Vanguarda FM. Hoje, as ondas da Vanguarda chegam a 84 municípios do interior e a rádio está no mesmo endereço no Santa Rosália desde 2006.

Um dos locutores mais antigos da Vanguarda, Paulinho Terranova, está na rádio há 19 anos. Ele foi o primeiro locutor a falar no microfone da nova sede. Usava uma mesa de som analógica na época. Hoje o equipamento é digital, mas uma coisa não muda: a força das ondas do rádio.

A Rádio Vanguarda vive este ano uma fase de transição. É que durante todas essas décadas, existiram as duas emissoras: AM e FM, mas um decreto federal determinou o fim do serviço de radiodifusão local, onde estão as rádios AM. Por isso, a Vanguarda AM, aquela que foi criada há mais de 60 anos, passou para a FM, com o nome de Vanguarda Class, na frequência 80.1// O sinal AM foi retirado oficialmente no início de março.

A tradição, a história e o novo. Do coreto romântico e cheio de tranquilidade às avenidas movimentadas e comércio pulsante. Tudo junto e construindo novas histórias que tornam cada cantinho do bairro tão especial.

https://youtu.be/QffNXTIbjNghttps://youtu.be/vAZf_YsxEYw

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